O beijo quase nunca é apenas um beijo...
É como um passaporte...
Lábios e calores, centímetro a centímetro, aproximam-se formando encaixes perfeitos.
Cria-se um universo...
E nesse instante ou lugar, o mundo se desfaz...
O fundo se desfoca, tudo são luzes e sons ininteligíveis.
É um lugar muito acima do nível do mar, onde o ar é rarefeito...
Onde a sensação de dormência, que começa na boca e bate no peito, corre por todo o corpo entorpecendo os sentidos...
Talvez isso ocorra devido a mudança de altitude...
A pressão atmosférica em universos paralelos faz com pensemos que temos o mundo inteiro dentro do peito e os sorrisos mais largos.
E daí quando os lábios se distanciam, a realidade se refaz e os ponteiros dos relógios continuam a girar com um sorriso a mais.
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