domingo, 21 de outubro de 2012

Um poeta adormecido





Fazia tempo que eu estava distante das palavras soltas e pensamentos que de alguma forma tornam reflexo momentâneo ou traduzem um pouco de mim...

Fazia tempo que eu não me sentia livre como um adolescente apaixonado, que por muitas vezes só sabe dizer o que sente escrevendo...

Sempre fui adepto do hábito de escrever. Daqueles que escrevem sem obrigação, dos que despertam a cada momento o inesquecível, único, sublime, e tantas outras emoções que só o coração entende...

De uns dias pra cá comecei a me perguntar o porquê de não ter mais aquela vontade de sentar, ouvir uma boa música e escrever o que eu penso?

Certo dessa ausência, hoje resolvi escrever tudo aquilo que me vinha na cabeça, àquilo que pra mim, não precisaria ser perfeito, mas que na humildade de breves pensamentos, o que estava adormecido, se colocava de pé e gerava em pequenas linhas o claro de uma arte de escrever, que por alguns meses insistiu em ficar ofuscada...
Isso mesmo!
Tristes dias que minha escrita estava adormecida, e que por tantas vezes tornou minha simples criatividade escondida, presa por regras e julgamentos de que homem não demonstra seus sentimentos...

E daí, comecei a lembrar de que o gosto é meu, e por isso totalmente livre pra rimar quando quiser, repetir as palavras que quiser, e sem todas aquelas formas prontas, de tudo pensado e calculado, mas sim tudo do meu jeito.

E aos poucos a inspiração, que antes se mostrava tão tímida, ia surgindo de maneira que me dava forças pra continuar a redigir esse pequeno texto, o que para muitos pode parecer tão simples e sem criatividade, mas que pra mim tem notável valor. Afinal, não estou aqui escrevendo pra agradar ninguém!

E, num dia de domingo de sol, fui soltando um a um cada pensamento que vinha sobre o Amor, o que queria ter, o que tive, a vida…

Aliás, me deixei levar numa sequência de devaneios que acompanhados às músicas que ouvia naquele exato momento, se tornavam um pouco realista do que eu sou hoje, e sem destinação a alguém específico, mas que infelizmente podem ser interpretados assim! Bendita mania do povo de julgar quem fala de sentimentos como um necessário e potencial apaixonado, mal amado, frustrado, ou sei lá tantos outros julgamentos. Mas tudo bem, afinal a vida sempre vai ser cercada de interpretações e julgamentos!

E, ainda com linhas em branco e um sorriso largo no rosto, dedico essa sensação de recomeço aos meus leitores, adeptos ou críticos, minhas novas postagens que estão por vir cheias de satisfação e orgulho de tudo aquilo que me faz bem e me rouba sorrisos.

Allan Olyver